quinta-feira, 10 de março de 2011

Caminante no hay camino, se hace camino al andar

Mostrar músicas ainda não finalizadas e cheias de imperfeição é uma coisa questionável. Eu mesmo me questionei antes de começar a fazer isso. Estou indo na contramão das "regras do jogo" em que tudo é meticulosamente (pra não dizer maquiavelicamente) planejado, estruturado, tratado, corrigido. Músicas sem arestas, produtos fechados. Digamos que a Lady Gaga tem uma "casa de criadores" só pra estudar quais seus próximos passos, roupas, escândalos, polêmicas e músicas (?).
Tenho vontade de abrir o processo por ser uma desconstrução pessoal e um desabafo com o estado das coisas. Cantar e compor já é muita exposição. E muitas dessas canções surgiram como uma expressão tão solitária que o processo de levá-las ao público é longo e denso. Mais exposição, mas não é essa a essência de um trabalho autoral?
Pra que convidá-los só no final?